Reclamações sobre ir ao cinemas no Brasil

Por anos podemos ver o aumento do mercado de salas de cinema no Brasil e no mundo e, com isso, uma queda na prestação de serviços e no público das salas, talvez até por uma mudança no status social das salas de cinema. Já falei disso antes em algumas resenhas, quando fiz reclamações da massificação dos cinemas e qualidade das salas em que assistimos os filmes.

Reclamações sobre ir ao cinemas no Brasil – Ambrosia

A cada dia que passa, há uma clara deterioração da cultura cinéfila, levando às salas de cinema certos indivíduos que sequer deveriam sair de casa, muito menos estar dentro de uma sala de cinema. Ver essa cena da foto acima é praticamente impossível hoje em dia.

Mesmo Tim League, dono do Alamo Drafthouse, um cinema de Austin, Texas que fez e faz história até hoje, sendo o ponto focal de diversos eventos anuais, bem como, uma das salas no qual Quentin Tarantino gosta de apresentar seus filmes em primeira mão, apresentou sua reclamação sobre a baixa qualidade do público que se encontra nos cinemas.

É cada dia maior a quantidade de reclamações que se escuta ou vê em uma sessão de cinema, especialmente relacionada ao público, à apresentação do filme, à falta de respeito com os horários e o amadorismo das redes do mundo. Aqui no Brasil a situação parece ser ainda mais crítica.

Reclamações sobre ir ao cinemas no Brasil – Ambrosia

A situação apresentada a seguir aconteceu com casal de amigos, mas é comum para qualquer frequentador de cinema: Numa sessão do filme “Lua Nova” na rede UCI, havia um grupo de jovens moças e um rapaz falando bastante antes do filme começar. Até aí, nada demais, mas ao começar os trailers, uma das garotas resolveu que tinha que ligar para a mãe e chegou ao ponto de pedir o celular deste meu amigo. Após o filme ter início as pessoas ainda conversavam e, mesmo ao som do “shhh”, não houve resposta. As pessoas só pararam de falar quando, após um ataque de raiva, o rapaz que conversava com as meninas recebeu uma chuva de pipocas pelas mãos do meu amigo. A atitude foi irracional? Provavelmente. Descabida? Não sei. Mas foi, acredito, mais do que merecida.

Parece que cada dia que passa as salas de cinema são tomadas por pessoas mal educadas e que simplesmente acham que podem ir em um cinema e ficar de papo como se estivessem em um bar. Pior que que isso são as pessoas que não conseguem ler as legendas (ou falar inglês, ou qual for a língua do filme, fluentemente) e que ficam perguntando o que foi que o personagem disse ou, as pessoas que levam crianças pequenas para ver filmes legendados:

Reclamações sobre ir ao cinemas no Brasil – Ambrosia

– “Mãããããeee, que ele tá dizendo?”

Não é preciso dizer o quanto isso é chato, irritante, deprimente e um disparate para os outros frequentadores do cinema. Ainda se aceita no caso de um filme infantil, mas como todos os filmes desse gênero hoje em dia tem versões dubladas (muito boas por sinal), eu não preciso de pessoinhas nas salas de cinema reclamando. Eu fui uma delas e sei como é irritante.

Passando para o lado de lá das projeções, empresas como UCI e Cinemark perderam e muito sua qualidade nos últimos anos. Tive o desprazer de assistir “Star Trek” este ano em um cinema Cinemark e, durante uma das cenas de batalha espacial, o som sumiu. Parecia que eu estava assistindo “2001 – Uma Odisséia no Espaço”. O filme ficou assim por mais ou menos 5 minutos sem que sequer um projecionista fosse verificar o porque disso. Agora, o filme foi rebobinado para que a platéia pudesse rever a cena com clareza e som ideal? Claro que não. O pior é que este não foi um fato isolado e por diversas vezes, em salas distintas de cidades diferentes, de redes diferentes, o som sumia.

Para piorar, aparentemente quase todos os funcionários destas redes são despreparados e inaptos, demonstrando uma clara falta de treinamento e profissionalismo. E ainda os donos, gerentes de cinema ou representantes das redes dizem que tem que aumentar os preços devido ao uso excessivo de carteiras de estudante falsas. Somos obrigados a pagar de R$ 14,00 a R$ 24,00 por sessão para sermos mal atendidos, encarar filas, assistir uma projeção de péssima qualidade, com cadeiras ruins, quebradas ou quebrando e ainda, no caso do Cinemark, ter de ouvir a rádio Cinemark/TRAMA antes dos filmes, que é uma das piores coisas que se poderia ouvir. Pelo menos o UCI sempre passou música clássica, que é bem melhor.

Reclamações sobre ir ao cinemas no Brasil – Ambrosia

Ainda falando do amadorismo dos cinemas brasileiros, a construção apressada de alguns deles, sem a devida atenção ao isolamento acústico, causam diversos transtornos às platéias distintas. Enquanto uma sala escuta um monte de explosões do filme, a outra também escuta, porém nesta temos o personagem principal morrendo e todos chorando ao som de ecos de explosão e robôs se transformando em carros (valeu Cinemark, de novo!!!).

Para piorar, ainda existe a cota de filmes nacionais obrigatória para as redes de cinema, o que implica em obrigar os cinemas a adequarem seus horários, ou em repúdio à essa decisão, manter alguns bons filmes em horários escondidos como por exemplo as 13:45, ótimo para quem trabalha (NOT!!!). Entendam que eu não estou atacando o cinema nacional, porém, estabelecer cotas para os cinemas é dar desculpas para que as redes aumentem o preço com base na pequena quantidade de pessoas que vai querer assistir filmes nacionais desconhecidos. Ainda bem que ainda temos a Xuxa todo fim de ano para diminuir um pouco as perdas das redes.

Será que eu preciso falar do preço absurdo praticado pelas redes na venda de seus produtos na Bomboniere ou refrigerantes e pipoca? Melhor nem entrar neste mérito, mas deixo meu repúdio registrado em sinal de protesto.

Os cinemas do Brasil tem de mudar urgentemente e junto deles o público pagante tem que aprender a assistir um filme com a boca fechada e prestando atenção no que supostamente pagou para assistir, senão, daqui a pouco cinema vai ter que ter cadeira marcada como teatro e lanterninha sentado nas salas de projeção mandando o povo calar a boca.

E não adianta reclamar diretamente nos sites das empresas. Já mandei diversos e-mails para a central de contato do Cinemark e do UCI que nem se deu ao luxo de me responder as solicitações. Talvez eles precisem aumentar novamente os preços para instalar um SAC que preste e que dê o devido respeito aos espectadores que estão pagando uma nota preta por um serviço de baixa qualidade. Assim, fica aqui meu registro sobre a insatisfação de se assistir cinema atualmente e, se você também se sente como eu, deixe abaixo seu registro, assim quem sabe um dia alguém nos dê atenção!

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Comentários 33
  1. Caramba, disse tudo, não preciso falar mais nada. Cada crítica de filme que eu escrevo eu preciso terminar o post criticando as salas, o serviço, o frequentadores, etc. E eu não sou “reclamão”, pelo contrário, sou muito paciente, mas tem vezes que as situações nos tiram do sério…

    Recentemente em Avatar o Cinemark Botafogo no Rio tinha poucos funcionários para controlar a multidão, daí os espectadores de outros filmes foram obrigados pela direção a sair pela escada de incêndio do shopping (saída d emergência das salas), sem nenhuma orientação de funcionários do Cinemark (que conhece sabe que a escada do Botafogo Praia dá pra se perder fácil). Dava dó ver velhinhas e velhinhos tentando descer aquelas escadas.

    Outro problema são as 6 ou 7 baias de atendimento com apenas um funcionário trabalhando, mesmo com a fila cheia. No máximo acrescentam mais um, ficando assim de 4 a 5 baias vazias e uma fila enorme.

    No UCI só tenho a reclamar dos pais bestas que levam as crianças super pequenas para ver “desenhos”, ou os “bichinhos azuis de Avatar”, só por que o filme é dublado ou por que é uma animação. Nem toda animação é pra criança, nem todo super-herói é pra criança e filme dublado pode ser muito violento também…

  2. Já passei por três diferentes sufocos numa sala de cinema!

    O 1° ocorreu quando fui com a minha mãe assistir Harry Potter e a Ordem da Fênix após a estréia!
    Tinha um grupo de adolescentes fazendo a maior algazarra durante o filme, e um deles em particular, contava o que ia acontecer antes da cena aparecer na telona. Vcs acham que eu bati boca!? Depois de mto shhh o sujeitinho não mudou, eu simplesmente me levantei e fui até o gerente reclamar. Isso mesmo, o gerente! Eu já tinha visto o filme, mas outras pessoas na sala como minha mãe, ainda não tinham visto, fora que é uma TREMENDA falta de educação tal atitude. O gerente entrou e ficou escondido no canto da sala para fazer o flagrante. Qnd viu quem era, se dirigiu ateh a fileira e pediu que o menino ficasse quieto… o silêncio durou minutos… mas o gerente continuou na sala e ouviu novamente o garoto contando o filme em alto e bom som. Ele saiu e mandou parar a projeção! Isso aí! O filme parou e as luzes se acenderam! Ele entrou de novo com + 2 funcionários e pediu que o garoto e sua turma saíssem do cinema.

    Isso sim foi uma atitude excelente! Pois ele ñ ficou apenas de braços cruzados e tomou uma atitude!

    1. Palmas pra esse gerente.

      Esse é o modo mais correto de agir nesses casos. Não passei por nenhuma situação grave de falta de respeito na sala, mas se passasse, era uma atitude assim que eu iria cobrar dos responsáveis pelo cinema. E ai se eles não dessem um jeito.

      Hordas de adolescentes geralmente são acompanhadas pela falta de noção. Não é uma ofensa aos adolescentes, mas é fato que a maioria não consegue se segurar e acha que tem obrigação de comentar cada cena para todo o cinema.

  3. Realmente, os cinemas andam pecando muito no serviço. E os usuários ainda mais.

    Aqui em São Leopoldo as salas são do Cinesystem. Em duas vezes seguidas a projeção era mal feita, com falhas no áudio e com a tela mal enquadrada. Felizmente, nas duas vezes ajustaram tudo e pude ver o filme sem problemas. Mas isso não deixa de ser incômodo. Afinal, a gente vai pro cinema ver o filme, e não ver o processo de trabalho do projecionista.

    Sobre o preço do alimento deles nem se fala. Nas últimas vezes, paguei R$ 10 para uma pipoca média e refri pequeno. ¬¬

    Nas minhas últimas idas ao shopping, notei que grande parte dos funcionários do Cinesystem não passam de meros estagiários. Adolescentes de 16 anos no primeiro emprego, que com certeza devem receber um salário pífio. Falta de treinamento + falta de motivação pesam na hora de fazerem seu trabalho.

    Hoje está valendo muito mais a pena alugar um filme e assistir em casa. Ou, pra chutar o balde de vez, baixar da internet.

    As salas que não reclamem da baixa frequencia. Qualidade é necessário, e orientar os usuários de como se portar dentro do cinema não faz mal algum. Muito pelo contrário.

  4. A 2° ocorreu qnd fui ver Up!

    O filme tinha acabado de começar e nada das luzes serem apagadas ou a cortina terminar de abrir. Quase 20min do filme jah tinham se passado e ainda nada…
    Eis então que meu namorado desce e vai lá fora reclamar!
    Demorou mais um tempinho e aí sim que apagaram as luzes e abriram direito as cortinas!!

    Se não fosse ele a reclamar, acho que assistiriamos o filme no claro e com parte da projeção cortada pela cortina!

  5. Na minha opiniao a unica soluçao eh colocar a boca no trombone. Reclamem ao sair do cinema, reclamem por email, reclamem de qualquer forma. Mas reclamem!!

    Brasileiro tem mania de sofrer calado e isso tem que parar! Eh soh expressando nosso descontentamento que as coisas vaum mudar. E esse artigo já eh um bom começo.

  6. E o 3° e último foi recentemente, qnd assisti Atividade Paranormal!

    Estava lá mto bem entretida com o filme, qnd um zé ruela a 3 cadeiras da minha começou a “prever” o que iria acontecer no filme!
    A namorada mandava ele ficar quieto e ele achava uma graça e continuava contando as cenas!

    Eu tive que usar de toda minha sutileza e soltar um monte de palavrões, seguido de uma reclamação tão alta que o cinema todo riu!
    Falei que se o fdp ñ calasse a boca eu ia fazer um escandalo, além de reclamar com a gerência!

    Ele se encolheu na cadeira e calou a boca!

    Infelizmente brasileiro não é um povo educado! Todos querem ser espertinhos tais como os “grandes” exemplos que temos na política. Todo mundo quer ser o fodão, o bonzão e chamar atenção por isso.
    Cinema custa caro e eu não pago para ficar ouvindo terceiros contando o filme. E se eles são brasileiros sem educação, eu posso me dar o direito de tb ser brasileira e armar o barraco!!

  7. Rapaz… eu nem gosto muito de entrar nessa questão pq sou muito radical em assistir filmes. falatório realmente não tem como aturar. É tapa na urêia certo!!! aqui na cidade nem se fala em relação ao péssimo serviço(dona Cine Show). Já vi um filme que pegou fogo no meio da sessão e pediram 5 minutinhos para “remendar o dito”. (sorte minha que era cortesia). 3 salas, apenas 2 filmes em cartaz, som horrível, iluminação péssima e por ai vai… quase 10 contos um copão de tótatóia sendo que a metade é gelo puro. Avatar em 3D?? nem pensar!! Aqui fica no 2D em 8 bits. Antes de morrer quero ir em um cinema digital descente só com gente muda de preferência.

  8. Eu fui dos que se perdeu no Cinemark botafogo depois de ver avatar =PPP

    Caramba, não me entendam mal, mas eu odeio esse pessoal q leva criança pra todo lugar. Poha, criança chora, incomoda, quer ir no banheiro, fica entendiada, quer chamar atenção, entre N coisas. Nada pior q vc estar em algum lugar (como no cinema ou no avião) e ter aqueles pentelhos q ficam chorando de 5 em 5 segundos enquantos os pais só ficam olhando com cara de idiotas achando o máximo que seu filhote sabe chorar.

    Criança no cinema, se não for filme infantil, NÃO!!!

    Se é pra protestar, fica aqui o meu!!!

  9. Eu estava super deprimido com isso.

    Notei que que existem salas 5.1 no Rio de Janeiro.
    Que todas as salas são no máximo 3.1 pois não existem uma manutenção adequada do equipamento.

    Fico me perguntando onde estão os virtuosos Lanterninhas de outrora e porque diabos eu vou assistir um filme no cinema se eu posso assistir com qualidade superior em casa?
    Porque realmente os cinemas estão deixando a desejar.

    Espero que essa matéria atinja as grandes redes. Pois a Pre-estréia de avatar no Cinemark foi uma VERGONHA em todos os aspectos.

    Obrigado por essa matéria ! Apoiado!

  10. Esses malditos adolescentes (de todas as idades, e isso não é um elogio) e seus celulares, com toques polifônicos que tocam fora de hora e no meio do score da trilha sonora que eu queria ouvir! Nessas horas eu queria ter uma bomba de pulso eletromagnético, para ferrar com esses “equipamentos do capeta”.

  11. Sensacional artigo Dib.
    O problema está generalizado, aqui em minha cidade (Mococa/SP) tem apenas um cinema, que com muito esforço se mantém funcionando! Um dos maiores cinemas da região, mto bem equipado para um cinema que funciona praticamente desde 1908.
    Hoje o que temos é um público que se eu o chamar de sem educação seria um elogio, pois no decorrer do filme, eles falam, andam, brincam com o celular, crianças chorando, as vezes soltam BOMBINHAS, e o pior é quando acontece alguma cena de sexo, beijo ou qualquer coisa mais excitante, o público grita, bate palma, assoviam, enfim, reações inaceitáveis dentro de um cinema. A ponto dos funcionários terem que PARAR o filme e/ou acender as luzes!
    Um total desrespeito conosco!
    Contudo, ainda frequento o cinema daqui…em qualquer lugar acredito que o público seja parecido. Por mais difícil que seja, tento prender minha atenção no filme. Mas não dá pra ignorar aquela maldita movimentação durante a sessão toda!

    Apoiado!!!

  12. Parabéns pelo artigo Dib! 🙂

    Só faltou falar dos malditos comerciais antes dos filmes. Hoje em dia quase não se assiste mais trailer no cinema só comercial, ao menos uns 10 minutos.

    Na minha opinião, tais anúncios forçados devem render uma bela grana pras redes e praticamente pagam a sessão. Somando os preços abusivos de ingressos, mesmo com a desculpinha de meia entrada e a bomboniere extorsiva eles lucram horrores.

    Não sou contra sessão cedo, que tenha sessão o dia todo se for o caso. Que passem todo o tipo de filme pra todo o tipo de público e não se restrinjam a meia dúzia de blockbusters.

    O público é mau educado pra burro. A figura do lanterninha faz falta mesmo. Se houvesse um por sala garanto que metade dos problemas não existiriam.

    Em se tratando de cinemas pequenos, já fui assistir, quando criança, um filme dos trapalhões, mas na hora exibiram Cocoon. Teve outra vez quando fui assistir “Os Imperdoáveis” que o projecionista trocou a ordem dos rolos, acho que eram 4 ao todo e ele trocou o 2 com o 3, ou algo assim. A princípio a sensação geral foi de que o filme era confuso e só depois, que alguns personagens ressuscitaram, que entendemos que algo estava errado.

    No mais, tenho algumas opiniões sobre o cinema,aqui:
    http://carlosfelipe.net/2009/12/07/diversao-analogica/
    e
    aqui:
    http://carlosfelipe.net/2009/11/03/avatar/

  13. Ia esquecendo.

    Driblar a bomboniere é fácil, leva de casa ou compra num supermercado próximo.
    Conheço gente que já levou uma pizza inteira, dobrada dentro da mochila, pra comer durante a sessão. 🙂

    Eu geralmente compro um biscoito, ou balinhas no mercado.

    Tendo em vista a idéia da pizza, uma ou duas garrafinhas de refrigerante é moleza de levar na mochila.

  14. Esperando resultado de um exame de retina, por acaso eu e minha esposa estávamos no shopping tatuapé em são paulo e percebemos que era a pré-estréia de avatar.como trabalhamos de domingo à domingo, aproveitamos pra assistir.

    O 3D não era bom, a tela mal alinhada (cortava um tanto da imagem em cima). Quando entramos, tateando no escuro, achei estranho por não acenderem a luz até começar a andar lá dentro: chão grudendo, sala fedorenta: misto de suor e urina. Só não voltei embora no ato porque não teria outra oportunidade de assistir Avatar.

    Mas o pior ainda estava por vir: percebemos que não havia inclinação na sala – as poltronas estavam no mesmo nível. Logo alguém atrás veio pedir que eu me abaixasse, tive que me encurvar na cadeira. Pediram também para minha esposa. Tive que pedir umas 5 vezes para os caras da frente se abaixarem, porque toda hora eles se esqueciam e se endireitavam na cadeira e eu não conseguia ler as legendas. Lá na frente parecia que tinha uma passarela com modelos muito ocupados e agitados, indo e vindo.

    Não volto lá nunca mais.

  15. Ando ouvindo muitas reclamações do Cinemark aqui na minha região (Vale do Paraíba). E eu não consigo entender como um cidadão tem a manha de atender o celular durante a sessão. Deve ser o mesmo tipo de pessoa que estaciona na vaga pra deficiente.

    Quando isso acontece, dá vontade de fazer como fizeram com aquela personagem de Todo Mundo em Pânico.

  16. Um ótimo artigo, com certeza você falou de tudo o que eu penso. Na minha cidade o único cinema que presta é o cinemark (Niterói – RJ), e acredite é um cinema bem merdinha, isso sem falar do pessoalzinho que frequenta aquilo. Não vou culpar (mesmo) se um dia aparecer um cara com uma uzi e matar gente naquele cinema.

  17. Que texto preconceituoso e pequeno-burguês. Qualquer um que resolva sair de sua casquinha de classe média pseudo-intelectual pode perceber que o problema não é a massificação dos cinemas e o “baixo nível dos frequentadores”. Isso é um mero reflexo da degradação dos valores pessoais e da nossa cultura como um todo, fato pelo qual pessoas como as que escrevem texto e blogs como esse também têm responsabilidade, pois são, em sua maioria, formadores de opinião e promotores de cultura. Só que é mais fácil culpar o “gentio ignorante”, que não faz parte do restrito mundo dos supostos cinéfilos. As pessoas têm o direito de ir ao cinema apenas por curtição e, se baratearem as salas de cinema e se isso fizer com que mais e mais salas sejam abertas, que seja. A cultura deve ser democratizada, e não manipulada por uns poucos.

    1. Massificar cultura é uma coisa, expandir a falta de respeito para com o próximo é outra. Como eu disse, cinema e teatro não são lugares para ficar de curtição. Quer curtição? Vai pra balada e pra bar.

      Cinema e teatro devem ser apreciados e não servir como fundo musical para uma conversa de bar. Ou você acha que uma pessoa que está de curtição está absorvendo qualquer reflexo de cultura que o filme ou espetáculo que está sendo apresentado nos demonstra?

      Respeito com o próximo também faz parte da democracia e da liberdade.

    2. “Que texto preconceituoso e pequeno-burguês. Qualquer um que resolva sair de sua casquinha de classe média pseudo-intelectual pode perceber que o problema não é a massificação dos cinemas e o “baixo nível dos frequentadores”

      Comunista Detected!

      Ou seja, citou um monte de frases de efeitos e palavriado manjado pra não dizer quase nada.

      E o velho argumento da liberdade de se expressar…
      Sim, todo mundo pode se expressar, pq a democracia isso, a democracia aquilo, blá, blá, blá… mas não falou no principal: Respeito. Todo direito trás junto uma responsabilidade de usá-lo de acordo.

      Ou seja, existe lugar pra tudo, e cinema não é lugar pra se conversar, ficar fazendo algazarra ou atendendo celular, pois a esfera da sua liberdade de expressão termina no direito dos outros de assistirem à peça ou filme em silêncio.

      Sacou?

  18. A verdade é que a era do cinema já acabou a muito tempo… isso só tem ficado mais claro. É mais vantagem para o cinéfilo hoje economizar os valores exorbitantes de ingressos e equipar sua casa com Home Teather e uma internet banda larga, para baixar os filmes que quiser em alta qualidade e assistir sem sofrer com a arrogância de egocêntricos que acham que apenas a sua própria diversão importa (pois é essa lógica que move os mal-educados do cinema) ou a incompetência de empresas que só pensam em, desesperadamente, lotar o cinema como se o público fosse gado, sem se importar a mínima com a qualidade do serviço. A longo prazo o investimento é muito mais bem empregado.

    Tá certo que o DVD, TV a cabo e, evidentemente, a possibilidade de baixar os filmes de graça tem muito a ver com essa perda de status da sala de cinema e conseqüente sucateamento, mas esse é um movimento inevitável que vem com o desenvolvimento da tecnologia. Ao invés de lamentar é mais sensato refletir algumas coisas que isso nos revela.

    A indústria cinematográfica sempre consumiu recursos gigantescos com o único propósito de entreter as pessoas por duas horas no cinema e faturar horrores. Com as novas tecnologias essa lógica foi ameaçada. Não foi a indústria do cinema em si que massificou o acesso ao cinema, mas sim a própria facilidade de acesso que as novas tecnologias propiciam, o que acabou tornando o ato de assistir filmes algo tão absurdamente corriqueiro que mal chega a ter impacto, seja cultural ou social. Salas de cinema deixaram de ser o lugar privilegiado para ver filmes, sendo agora mais aproveitadas para convívio social de grupos de típicos freqüentadores de shoppings, ou seja, gente que tem dinheiro para os ingressos caros e nenhum respeito com ninguém mais a não ser eles mesmos (um tipo de pessoa que tem sido cuidadosamente cultivado a muitos anos por diversas formas de indústria, não apenas de cinema).

    Justamente por isso, a primeira resposta lógica da indústria cinematográfica é investir cada vez mais em filmes caros, rápidos e explosivos que caem como uma luva para esse público. Pra que se importar com qualidade, profundidade ou até aquela velha palavrinha, “arte”, quando as contas dos estúdios fecham tão bem contentando esse público tão pouco exigente? Não tem problema torrar infinidades de recursos, a galera vai pagar pra ver. Cinéfilos? Não queremos cinéfilos nos cinemas. Eles só reclamam. Cinéfilos go home.

    E talvez nós, cinéfilos, devêssemos nos respeitar mais e abandonar de vez esse espaço que na verdade não nos quer. E continuar alimentando, dessa vez conscientemente, o processo que um dia, por mais que indústria esperneie com seus blockbusters e processos contra fantasmas na rede, irá acabar com as condições que tornam aceitável o uso de tanto dinheiro e recursos apenas para entreter pessoas por duas horas. Quem sabe aí esse dinheiro todo não poderá ser melhor empregado em algo realmente importante? Utopia? Pode ser… mas não custa pensar um pouco a respeito.

    E quanto a arte do cinema? Continuará, mas talvez com uma nova lógica. Existe toda uma herança cinematográfica finalmente acessível via internet, disponibilizada por verdadeiros historiadores blogueiros anônimos. Talvez fosse mais interessante prestar atenção no que essa herança contém que ainda não vimos do que ficar sempre aguardando a próxima novidade que vai encher o cinema com mais uma leva de gente que mal vai lembrar do filme depois mesmo…

    Talvez nessa herança esteja a chave dessa nova lógica que moverá a arte do cinema e as novas tecnologias pelos próximos 100 anos.

  19. O cinema dos Infernos
    É verdade hoje em dia o cinema ta uma bosta .Moro em uma cidade em que tem 2 cinemas, nem um dos dois é realmente bom, um tem as cadeiras todas no mesmo nível o que é uma bosta pq se senta algum cabeçudo na sua frente vc não vai conseguir ver nada de jeito nenhum.Desde que moro aqui demorou uns 7 anos pra construírem um cinema decente e mesmo assim deixa muito a desejar.

    O cinema que costumo ir foi construído tão despreza que o teto do corredor de saída fica cheio de goteiras quando chove, e o chão é tipo “afundado” de modo que a água das goteiras formam pequenas poças e vc tem que ter cuidado pra não escorregar e sair do cinema patinando…Isso já faz mais de 3 anos e os fdps num tem coragem de consertar.

    Eles não compram filmes bons, e as vezes quando vc ta dentro do cinema acaba a energia no meio do filme e vc tem que ficar horas esperando voltar pra vc poder acabar de assistir, sem falar que eles nem continuam da cena que vc parou eles pulam e vão logo pra próxima, o que me da vontade de jogar meu copo de refrigerante na tela.

    Falando em refrigerante, o de lá é horrível, parece mais água com corante, num tem nem gás, e é caro pra caramba, depois eles reclamam se vc compra o refri em outro lugar e trás escondido. A pipoca então tá sempre mucha, eu já aprendi a esperar até ver eles estourando nova pra comprar, pq os primeiros que compram sempre se ferram, principalmente se vc vai na primeira sessão, pq eles guardam do dia anterior e fica lá na estufa mofando, depois eles só dão uma esquentadinha .Ecah!

    A acústica da sala e péssima, devido à presa que foi construída realmente, pq foi tipo começaram a construir em agosto e terminaram em dezembro.E quem me dera ter cortinas e musica antes do filme pra eu poder reclamar, pq nem isso tem.

    E realmente tem sala que da para ouvir todos os barulhos da outra, e da pr
    a ouvir até os passos na sala de projeção e tem vez que algum funcionário otário coloca o radio dele tocando umas musicas de mau gosto miserável que a gente tanque aturar. Isso tudo sem falar do pessoal que frequenta o lugar.

    Sempre tem aquele fdpts otários que ficam usando o cel. e falando alto, como se alguém quisesse escutar o que eles tão conversando. Uma das coisas que mais me irrita são as crianças, deviam colocar todos os filmes não-infantis pra maiores de 10 pelo menos, pq é um saco, alem de elas não pagarem pra assistir ainda fica gritando, chorando, e perguntando o que ta acontecendo ou fazendo suposições idiotas e correndo de um lado pro outro na sala de cinema, infernizando a vida de quem paga e quer assistir o filme.

    Também tem aqueles projetos de marginais que costumam ir ao cinema só pra se acharem e ficar gritando, zuando e jogando pipoca nos outros, tenho vontade de esmurrar a cara de um.E nesse cinema que costumo ir sempre tem um dia que o cinema é mais barato, ai só da gente sem educação e aquele bando de adolescentes chatos e mal encarados que da até medo de vc sentar perto.

    Entrando agora no quesito atendimento, nem se fala pq é raro vc encontrar um cinema em que é totalmente bem atendido. Às vezes eu me esqueço de levar a carteirinha de estudantes, e cara é um saco, tenho que insistir horas pra me deixarem entrar,e poxa, tipo eu vou lá toda semana, e é só olhar pra mim pra ver que eu sou estudante, que dizer o que eles esperam que um adolescente faça ? Deer, é óbvio que eu estudo! E o que dá mais raiva é que eles não pedem a carteirinha sempre como procedimento normal, acontece que as vezes eles inventam de dar uma de profissionais e pedir a carteirinha.

    Pra terminar tem a qualidade que é péssima também, o filme às vezes fica fora de foco e tremendo, sem falar que o som é uma merda, às vezes tão baixo que se vc respirar vc não consegue ouvir o que o personagem disse e as vezes tão alto que vc tem que tampar as orelhas pra não estourar o seu tímpano .Filme em 3D ? Vai demorar muito pra eu ver um desses de qualidade, pelo menos enquanto eu morar aqui. Eles cobram á mais só pra vc ver aqueles filmezinhos podres com óculos de papelão merdas!
    Ufah.Cansei…
    xD

  20. Mas esperem, não é só isso (ok, mode propaganda da polishop OFF)…

    Se já era ruim, esperem mais um pouco q vai ficar pior!

    O “nosso” “querido e amado” “governo” (desculpem o excesso, mas cada uma foi uma piada interna =p ) já teve uma nova idéia nunca antes vista neste país pra apertar ainda mais o nosso pescoço e distribuir dinheiro de graça pro povo (com fins de emplacar a primeira presidente mulher da história deste país, é lógico): Trata-se do “Bolsa Cultura”, onde vai ser dado um cartão com R$50,00 reais por mês para ser gasto em bens culturais, como o cinema, por exemplo.

    E antes de vir com aquele velho papo comuna de que eu estou pregando o elitismo da burguesia, reclamando que pobre vai poder ir pro cinema se misturar com a gente e acabar com a nossa diversão mercantilista, blá, blá, blá, (___ insira aqui seu bordão ou frase de efeito que não quer dizer nada preferida)…

    Prestem atenção no que eu estou dizendo, se já é ruim com os ignorantes dos filhinhos de papai, que não deram bola para a educação que receberam (ou deveriam receber) dos mesmos, frequentando estes locais, esperem pra ver como vai ficar qndo aqueles q infelizmente não tiveram acesso à educação se misturarem com os playboys no cinema…

    Não estou dizendo que todo pobre é mau educado, mas sim que, assim como existe playboy e patricinha mau educada, existe pobre também, que vai falar no celular e fazer baderna do mesmo jeito nos locais onde não deveriam.

    Podem me chamar do que quiser, mas não sou hipócrita. Pronto, mais um protesto feito!

  21. Ótimo artigo Dib…

    Moro em Blumenau, SC, e por enquanto só temos um cinema aqui, da GNC(com 06 salas se não me engano). Posso dizer por um lado que temos sorte, pois ainda contamos com a ajuda do lendário lanterninha (Já vi o mesmo expulsar alguns delinquentes do cinema).

    Quanto aos produtos da bomboniere, o cinema não veta a entrada de produtos comprados em outro local, desde que seja os mesmos que são vendidos no cinema (biscoitos, refrigerante, salgadinhos, tá liberado… nada de entrar com um leitão à pururuca).

    Presenciei poucos problemas de projeção, visto que em um caso mais sério, ganhei ingressos bônus para mais duas sessões, de livre escolha.

    Pode não ser o céu, mas está bem perto disso, ainda mais se compararmos com os comentários anteriores.

    Acho que o único problema enfrentado, é a falta de educação de alguns frequentadores, situação essa que só pode ser resolvida com atitudes mais sérias.(Ouvi alguém falando em genocídio?????).

  22. Olha, eu sou o cara que vocês estão criticando que faz barulho nos cinemas. E daí ? Se vocês querem silêncio frequentem a missa, uma biblioteca ou uma sessão espírita !!! Os incomodados que se mudem … sim, eu recebo bolsa-família, por que ???

  23. Sidney, cara esse cinema na sua cidade parece mesmo o céu, ganhar ingresso bônus para mais duas sessões de livre escolha só por erro de projeção?Puxa vida, se fosse assim aqui eu não precisaria mais pagar pra entrar no cinema de tanto ingresso bônus que eu iria ter. Vc tem mesmo sorte.

    Molusco: acho que posso falar por todos quando digo que não temos nada contra pessoas que recebem bolsa-família, mais sim contra gente mal-educada e chata. E por mais incrível que pareça o cinema, assim como a missa e a biblioteca, é sim lugar de silencio e respeito, não acho que vc iria gostar se a situação fosse inversa.

    E este negocio de “Bolsa Cultura” com cartão com R$50,00 reais?Tem mês que nem eu gasto tudo isso pra ir ao cinema e teatro, e olha que costumo ir sempre. Acho que invés disso podia investir em cinemas e teatros públicos para a população, já que a maioria das cidades no Brasil não tem nenhum dos dois. Isso sim seria o investimento mais correto a se fazer.

  24. Sou de Vitória-ES e aqui o problema é o loteamento das cadeiras. Se vc não chega muito antes do filme começar, desista de sentar. Todos os lugares costumam ser loteados, ou seja, é um tal de “tem gente”, de “ta reservado” e por ai vai. Um kinoplex aqui resolveu vender as cadeiras numeradas, adorei. Já compro sabendo pelo que estou pagando.

  25. Concordo com tudo! E com relação ao último comentário, a história de cadeiras numeradas acaba criando outros problemas. Primeiro que de sexta a domingo vc chega 4h antes e não tem lugar.. e pra comprar pela internet, qdo termina a compra aparece uma msg dizendo que "os lugares que vc escolheu já foram comprados". Ou vc compra com muitos dias de antecedência ou aceita esperar 5h pela próxima sessão. Além disso, com a facilidade de não precisar pegar fila pra entrar, os brasileiros sempre muito pontuais – chegam depois que o filme já começou. Aí, dá-lhe ficar se encolhendo pro povo passar, todo mundo com o celular aberto pra enxergar o número da poltrona. Isso mostra que infelizmente o maior problema é falta de noção do povo mesmo..

  26. Ah, só mais um comentário.. independente da falta de educação do povo, se eu vou ao cinema e não consigo assistir porque tem gente imbecil falando alto, chutando minha cadeira ou qualquer outra coisa, eu saio e peço meu dinheiro de volta. E já ouvi pessoas que fizeram o mesmo porque a qualidade do som estava ruim, o lugar estava imundo, ou qualquer outra coisa. Se vc compra uma coisa com defeito, não devolve? O mesmo serve pra um serviço quenão foi prestado de acordo

  27. Exceto pelo preço dos ingressos, todos os problemas relatados nesse texto são típicos de "cinemas de shoppings". Mas existe vida (e cinema) além das grandes redes dos shoppings. O público de cinema é muito mais maduro e qualificado em lugares que têm compromisso com boa programação, como o Reserva Cultural, Cine Bombril, Espaço Unibanco, Estação Botafogo, e muitos outros nas capitais brasileiras. Dê uma chance a eles.

  28. Com tantas reclamações, talvez a minha seja tão pequena, mas, ..vai assim mesmo. Os Cinemas da rede Moviecom (salas 1,2,3, e 4) do Shopping Taubaté estão jogados para as “baratas”. Fui assistir o Capitão América 2 com minha família e sobrinho. Confesso que gostei do filme e, o assisti até o final mas sob um forno, um calor dos infernos, a sala 4 pela estava sem qualquer ventilação ou nada de refrigeração. Só colocaram uma placa avisando não ter ar condicionado no dia. Como comprei os ingressos no dia anterior, acabei por não saber . PÔ isso não é motivo de fechar o cinema e só funcionar quando tudo estiver operando??
    .

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